quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Estudo inédito rastreia baleias-minke-anãs


Estudo visa resolver o mistério de onde os animais da espécie passam o verão


Matt Curnock/AFP
Foto de baleia-minke-anã na Austrália
Foto de baleia-minke-anã na Austrália: animais "são uma subespécie de baleia sem descrição", diz pesquisador
Sidney - Baleias-minke-anãs foram marcadas e rastreadas na Grande Barreira de Corais australiana em um estudo inédito no mundo sobre a espécie, que visa resolver o mistério de onde os cetáceos passam o verão.
Cientistas da Universidade James Cook, do estado de Queensland, participam do projeto, que também envolve cientistas de Alasca. Eles marcaram quatro baleias no mês passado e agora estão rastreando seu avanço para o sul ao longo da costa leste daAustrália.
"Embora ocorram em todo o Hemisfério sul, a Grande Barreira de Corais abriga a única agregação conhecida no mundo destas pequenas baleias de delicada beleza", declarou Alastair Birtles, pesquisador da universidade.
Birtles, que estuda há 18 anos as minke-anãs, disse que embora se saiba que os animais se reúnem todo inverno na costa da Ilha Lizardo, no norte de Queensland, onde elas passavam os meses de verão permanecia um mistério.
Pouco se sabe sobre as minke-anãs, que costumam ter entre 5 e 7 metros de comprimento. Embora haja algumas centenas na Grande Barreira de Corais, elas não eram notadas até os anos 1980.
Baleias como as jubarte e as francas são conhecidas por migrar até a costa leste da Austrália nos meses mais quentes para passar o verão nas águas mais frias da costa da Antártica, mas não se sabe se as minke-anãs, menores, se juntam a elas.
"Não temos ideia de aonde vão", afirmou à AFP Birtles, co-diretor do Projeto Baleia Minke, da Universidade James Cook.
"A questão é: elas fazem esta longa migração até as águas antárticas ou vão para outra parte do Pacífico Sul?", questionou.
Por serem baleias de mar aberto, as minke-anãs são quase impossíveis de estudar fora da pequena margem de tempo que passam na Grande Barreira de Corais em meados do inverno, quando se observa o comportamento da corte.

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