quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Roda Viva entrevistou o Fotógrafo Sebastião Salgado na última segunda-feira, 16/09/13 e falou-se muito de sua última exposição sobre o livro Gênesis


"Fotografei o que foi interessante para mim"

Sebastião Salgado fala sobre sua carreira, ambientalismo e o processo de produção da série Genesis







O Roda Viva recebeu no dia 16 de setembro o fotógrafo Sebastião Salgado. Carreira, ambientalismo e o processo de produção da série Genesis, uma coleção de imagens capturadas em oito anos de viagens aos lugares mais extremos e impressionantes do planeta, foram alguns dos assuntos do programa.
Sebastião Ribeiro Salgado Júnior nasceu em 1944 na cidade de Aimorés, Minas Gerais. Nos anos 1960, mudou-se para São Paulo para estudar economia. Prosseguiu a graduação acadêmica fazendo mestrado e doutorado dentro e fora do Brasil.
Durante uma viagem a África, quando fez uma sessão de fotos com uma máquina Leica emprestada por sua esposa, descobriu sua vocação: a fotografia. Como fotojornalista, trabalhou para agências como Sygma, Gamma e Magnum. Ganhou notoriedade internacional ao registrar, em 1981, um atentado contra o então presidente americano Ronald Reagan.
Sempre ligado às questões sociais, contribuiu para organizações como Médicos Sem Fronteiras, Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e Fundo das Nações Unidas. Entre suas obras de destaque estão Trabalhadores, Serra Pelada, Retratos de Crianças do Êxodo, Êxodo e África.   
Após fotografar momentos dramáticos e concluir Êxodo, Sebastião Salgado enfrentou a depressão. “As pessoas que eu fotografei viveram no inferno e isso me machucou a ponto de eu querer deixar a fotografia”. Mesmo assim, conclui que todo o seu trabalho representa a sua vida. “Eu fotografei o que foi interessante para mim, o que me deu prazer e o que me revoltou”.
Mas foi na natureza que o profissional enxergou um novo horizonte – Genesis! “A natureza entrou em mim”. É assim que Sebastião descreve o momento em que viu a terra morta da fazenda de sua família ganhar vida. “Eu vi que há esperança”.
O sucesso deste mais recente trabalho é notável em todo o mundo. Uma tiragem que começou com 50 mil exemplares saltou rapidamente para 250 mil, traduzidos atualmente em seis idiomas.
Aos quase 70 anos, o fotógrafo diz que não pretende parar e que o seu desejo neste momento é fotografar os povos indígenas da Amazônia. Um anseio que ainda não ganhou forma!
Participaram da bancada deste programa Washington Olivetto (publicitário e chairman da WMcCann), Matthew Shirts (coordenador editorial do Planeta Sustentável), João Wainer (fotojornalista e editor do programa TV Folha), Simonetta Persichetti (jornalista, crítica de fotografia e professora da faculdade Casper Líbero) e Beto Ricardo (antropólogo e coordenador do programa Rio Negro, do Instituto Sócio-Ambiental). Teve ainda a participação do cartunista Paulo Caruso.
Fonte: http://tvcultura.cmais.com.br/rodaviva/roda-viva-entrevista-sebastiao-salgado

Links dos vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=IL3Ou7Khl3A
http://tvcultura.cmais.com.br/rodaviva/roda-viva-entrevista-sebastiao-salgado



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