segunda-feira, 31 de março de 2014

Tribunal proíbe Japão de matar baleias «para fins científicos»

Austrália acusava programa de esconder caça comercial sob uma fachada, tribunal internacional deu-lhe razão


O Tribunal Internacional de Justiça de Haia considerou que o Japão não usa a caça a baleias na zona da Antártida para fins científicos e determinou a suspensão do programa. Os responsáveis nipónicos terão de suspender as licenças existentes e não podem emitir novas.

Os juízes da instância suprema da ONU deram razão a uma queixa da Austrália, que acusava o Japão de usar o argumento de que estava a desenvolver pesquisa científica para esconder a caça à baleia com fins comerciais.

«Tendo em conta que o programa JARPA II decorre desde 2005 e envolveu a morte de 3.600 baleias-anãs, o resultado científico até à data parece limitado», disse o juiz presidente do tribunal, o eslovaco Peter Tomka, citado pela Reuters.


EM BAIXO: Cachalote dá à costa nas Filipinas (Laurenz Castillo/EPA)
Cachalote dá à costa nas Filipinas (Laurenz Castillo/EPA)
Fonte: http://www.tvi24.iol.pt/503/internacional/tribunal-haia-proibe-caca-baleia-japao-fins-cientificos/1548559-4073.html
LEIA MAIS: http://uk.whales.org/blog/chrisbutler-stroud/2014/03/japans-antarctic-whaling-found-to-be-in-contravention-of-iwc-and

quinta-feira, 20 de março de 2014

Brasil e Argentina irão criar santuário de baleias no Atlântico Sul

Região foi palco do massacre e quase extinção da maioria das espécies. Iniciativa já conta com o apoio de vários países.

Enrico Marcovaldi/Instituto Baleia JubarteBaleias: risco de extinção
Baleias: risco de extinção
Integrantes da Comissão Internacional da Baleia (CIB) e representantes de governos de 12 países africanos e caribenhos, além do Brasil e dos parceiros latinos que integram o Grupo de Buenos Aires e de tradicionais aliados na conservação da espécie, como Austrália, Reino Unido e México, participam do Seminário Internacional sobre o Santuário de Baleias do Atlântico Sul.

O evento, que ocorrerá no Centro de Visitantes do Instituto Baleia Jubarte, na Praia do Forte, em Salvador, de 19 a 21 de março, é organizado pelos Ministérios do Meio Ambiente (MMA) e das Relações Exteriores (MRE), e será marcado pela defesa da proposta de criação do santuário de proteção destes animais, apresentada pelos governos do Brasil e da Argentina, e que une representantes de países latino-americanos, africanos e caribenhos em defesa da conservação marinha.

Participam da abertura do evento o secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, Roberto Cavalcanti, o embaixador Marcus Vinicius Pinta Gama e a presidente do Instituto Baleia Jubarte, Márcia Engel, além de pesquisadores de vários países interessados no tema. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o governador da Bahia, Jaques Wagner, estarão no encerramento da reunião, na sexta-feira.

Águas Protegidas
O seminário, patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, terá a presença, também, de especialistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). De acordo com a bióloga e analista ambiental do Departamento de Biodiversidade Aquática, Mar e Antártica do MMA, Paula Moraes Pereira, propôs-se a criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul devido ao fato de a região já ter sido palco do massacre e quase extinção da maioria das populações de grandes baleias que habitavam suas águas.

A criação do santuário visa a promover a conservação, no longo prazo, das grandes baleias em todo o seu ciclo de vida, dos seus habitats, e das áreas de alimentação e/ou rotas migratórias, com especial ênfase na reprodução e cria dos filhotes. Objetiva, ainda, desenvolver o uso econômico sustentável e não letal de baleias para beneficiar as comunidades costeiras da região, por meio de atividades de ecoturismo e educação, como a observação de baleias, proporcionando informação científica para o manejo dessas atividades a fim de garantir sua sustentabilidade no longo prazo.

Santuário da Vida

A partir do desenvolvimento de pesquisa não letal, será possível fazer o monitoramento da recuperação das populações de baleias quase extintas pela caça no passado, analisar as ameaças e as medidas de mitigação (intervenção humana com o intuito de reduzir ou remediar um determinado impacto ambiental nocivo), além de estabelecer projetos e iniciativas para melhor compreender as rotas migratórias e os padrões de movimento desses grandes animais. A proposta de criação do santuário conta, inclusive, com o apoio do Uruguai, África do Sul, países da União Europeia, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos, entre vários outros.

O assunto foi amplamente debatido em 2012, durante a 64ª reunião da CIB, na qual foi votada a proposta. A sugestão obteve 65% dos votos favoráveis, percentual ainda insuficiente, já que, pelas regras da comissão, são necessários três quartos ou 75% de votos favoráveis para sua aprovação.

Segundo Paula Pereira, é preciso caracterizar o Atlântico Sul como santuário desses grandes animais, além de buscar a recuperação de espécies de baleias e unidades populacionais eliminadas pela caça comercial e por frotas baleeiras de países distantes. E defende que a conquista de benefícios socioeconômicos advindos do ecoturismo, da observação de baleias e da pesquisa científica depende da recuperação das populações de baleias e da garantia de que a caça não será mais uma ameaça.
Fonte: http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2014/03/brasil-e-argentina-irao-criar-santuario-de-baleias-no-atlantico-sul

Por que não existem pingüins no hemisfério norte?

Fernando Fernandez


ocê já pensou por que não existem pingüins no hemisfério norte? 

Todos nós aprendemos que pingüins são encontrados apenas no hemisfério sul, na Antártida e adjacências. Implicitamente, isso nos é passado como sendo um fato da natureza - como se sempre tivesse sido assim. Mas não é o caso. A resposta para a nossa questão é muito mais interessante que isso, e ao mesmo tempo desconcertante e perturbadora. 

Não existem pingüins no hemisfério norte porque o homem os extinguiu em 1844. 

A ave que foi originalmente chamada de pingüim é hoje conhecida – menos do que deveria ser - pelo nome de grande alca (“great auk”). Seu nome científico – Pinguinus impennis - foi baseado em seu primeiro nome vulgar. Os pingüins do hemisfério sul, aves pertencentes a outra família e descobertos depois, receberam o seu nome exatamente por que se assemelhavam às grandes alcas. As alcas eram aves de grande porte, que viviam no Atlântico norte, em volta do círculo polar ártico, e que eram caçadas em imensa quantidade entre os séculos XVI e XIX – enchiam os porões dos navios para servir de alimento, e também eram usadas como isca para a pesca de bacalhau e lagostas. Sob essa imensa pressão, as alcas declinaram inexoravelmente até uma situação desesperadora. Então, no dia 3 de junho de 1844, um grupo de marinheiros avistou o último casal de grandes alcas, denunciados por sua grande estatura em meio às aves marinhas menores, na pequena ilha de Eldey, ao largo da Islândia. 

Os marinheiros correram para as grandes alcas com porretes. As alcas tentaram desesperadamente alcançar a segurança da água, mas uma foi encurralada contra as rochas, e outra alcançada já à beira d’água. Ambas foram mortas a porretadas. Em seu ninho havia um ovo, que se acredita ter sido esmagado sob a bota de um marinheiro. 

É por isso que não existem (mais) pingüins no hemisfério norte. Não, não é um fato da natureza, infelizmente. Nós fizemos isso ser assim. 

As grandes alcas não estão sozinhas, longe disso. Há uma imensa coleção de espécies de animais que nós extinguimos nos últimos séculos. Na maior parte dos casos são extinções muito bem documentadas e conhecidas pela ciência, de espécies que todos nós deixamos de conhecer por muito pouco. Muitas delas eram animais maravilhosos, espetaculares, que fariam o mundo vivo parecer muito mais rico e maravilhoso do que já é. 

Eu estou exagerando? Bom, que tal um peixe-boi de oito metros? 

Havia, sim, um peixe-boi de oito metros. Um animal dócil, inteligente, com uma elaborada vida social. Nós acabamos com ele em 1768. A vaca marinha de Steller, Hydromadalis gigas, que podia alcançar umas dez toneladas, era o maior mamífero vivente nesse planeta em tempos históricos, fora as grandes baleias. A vaca marinha de Steller habitava as águas costeiras das desabitadas ilhas Commander, no extremo leste da Sibéria, onde foi descoberta pelo naturalista russo Georg Steller em 1741. Eram pacíficas comedoras de algas marinhas que raspavam das rochas. Steller escreveu que havia fortes laços sociais entre elas, incluindo uma espantosa solidariedade. Quando uma era arpoada, as outras tentavam impedir que ela fosse arrastada para a margem, fazendo um círculo à volta dela; várias colocavam a si mesmas nas cordas ou tentavam tirar o arpão do corpo daquela que havia sido ferida. Steller também observou que um macho voltou dois dias seguidos para junto de sua fêmea morta na costa. Nada disso impressionou muito os pescadores russos, que após a descoberta da vaca marinha fizeram uma verdadeira corrida para caçar aquele animal tão rico em carne e óleo, e com uma pele valiosa. Em 1768 – apenas vinte e sete anos depois de ter sido descoberta! – a vaca marinha de Steller já estava extinta. 

E que tal a ave mais abundante do Mundo? No século XIX, o naturalista John Audubon, um dos fundadores da ornitologia, ficou chocado com a abundância da pomba migratória, Ectopistes migratorius, na América do Norte. Os bandos eram tão numerosos que há relatos confiáveis de que obscureciam a luz do sol ao passar; dizia-se que passavam por vários dias seguidos. Colônias de nidificação chegavam a 160 Km de comprimento. Audubon estimou que devia haver entre cinco e dez bilhões de pombas migratórias na América do Norte – o que as fazia, de longe, as aves mais abundantes do planeta. Mas aquele século, o da desenfreada expansão americana rumo ao oeste, foi também o do colossal massacre da pomba migratória. Elas foram caçadas aos milhões, para comida e por simples esporte. Caçar pombas migratórias e coletar seus ovos era um esporte de fim de semana para a família inteira, muito popular entre os americanos do século XIX. Havia matanças mais sérias: em uma competição de caça da época, o troféu seria do virtuoso caçador que primeiro matasse trinta mil pombas migratórias. Você leu certo, trinta mil, só pelo vencedor. Com esse tipo de pressão, as populações da pomba migratória começaram a diminuir, e houve quem dissesse que era preciso limitar a caça, ou a espécie acabaria desaparecendo. Foram chamados de alarmistas, riu-se deles. Houve também quem dissesse da pomba migratória que era óbvio que havia tanto que nunca iria acabar – mais ou menos como alguns hoje dizem da Amazônia. Mas as populações continuaram diminuindo, e o inacreditável aconteceu. Em 1900, a pomba migratória se extinguiu na natureza. No dia 1º de setembro de 1914, Martha, a última pomba migratória, morreu no Zoológico de Cincinnati. Estava extinta a espécie de ave mais abundante do planeta no século XIX. 

E por que não um lobo marsupial? Quando falamos em marsupiais, a maioria das pessoas imediatamente pensa em cangurus, ou quem sabe nos gambás tão comuns em nosso país. Mas até há poucas décadas havia um lobo marsupial, ou tilacino, um dos mais espantosos seres que já se viu. Poucos reparam no significado de um nome científico, mas raramente um nome científico é tão revelador quanto Thylacinus cynocephalus. “Thyla” quer dizer bolsa, “cinus” ou cynos” quer dizer cachorro, e “cephalus” quer dizer cabeça. Thylacinus cynocephalus, portanto, quer dizer “cachorro com bolsa com cabeça de cachorro”. Perdoe o pleonasmo do cientista que batizou o bicho, meu caro leitor. Experimente procurar por “thylacine” no Google Images. O tilacino é tão parecido com um cachorro que qualquer leigo poderia facilmente confundi-los. A semelhança da cabeça é de fato tão extraordinária que apenas os dentes, uns dentes triangulares característicos de marsupiais, denunciam que se trata de um parente dos cangurus. Os quartos traseiros caídos e a cauda afinando gradualmente, como a de um canguru, também traem sua ancestralidade marsupial. Mas não se trata simplesmente de um canguru com crise de identidade, que acha que é cachorro. Isso é o mais interessante de tudo: o tilacino é um espetacular exemplo do fenômeno que os biólogos chamam de convergência evolutiva, ou seja, animais de linhagens muito diferentes – no caso, os mamíferos placentários (como nós) e os marsupiais – evoluindo formas similares em lugares diferentes, como adaptação a papéis ecológicos similares. O tilacino, comum na Austrália inteira até uns poucos milhares de anos atrás, sobreviveu na grande ilha da Tasmânia, ao sul do continente australiano, até bem dentro do século XX. Porém, foi impiedosamente perseguido pelos colonizadores australianos, em represália à predação sobre suas ovelhas. A extinção do tilacino na natureza não teve nada de acidental, ao contrário, foi meticulosamente planejada, e levada a cabo como política oficial do governo da Tasmânia. Com o fim de erradicar a “praga”, recompensas foram pagas para cada pele de tilacino entregue. À medida que os animais começavam a escassear, o valor da recompensa foi aumentado cada vez mais. Em 1936, o governo da Tasmânia enfim mudou de política e decretou uma lei protegendo a espécie. Tarde demais. Naquele mesmo ano, o último tilacino conhecido, uma fêmea, morreu no zoológico de Hobart, capital da Tasmânia. Por negligência de seus tratadores, o animal foi deixado na parte exposta de sua gaiola, sem acesso a seu ninho protegido, e morreu de hipotermia numa noite fria de setembro. Há alguns registros não confirmados de tilacinos vistos na natureza nos anos seguintes; um dos mais confiáveis é o de uma fêmea que teria sido morta por um fazendeiro com seus cachorros por volta de 1940. Dentro da bolsa da fêmea havia três filhotes. Não houve mais registros depois disso. 

Deixei para o fim o meu favorito, se é que pode haver um favorito numa lista dessas: o menor, o mais sutil, mas nem por isso o menos espetacular. Um animal tão fantástico que parece ter saído da mais imaginativa ficção, e que você e eu fomos privados de conhecer por poucas décadas. Morcegos voam, todos eles, certo? Claro. Sempre foi assim? Não. Em algumas ilhas do Pacífico, onde eram ausentes tanto grandes predadores como também roedores nativos, evoluíram várias espécies de morcegos terrestres. Eram animais bizarros, que eram capazes de voar só uns poucos metros, mas que se moviam agilmente pelo chão da floresta nas patas de trás e nos cotocos das asas, exercendo o papel ecológico dos roedores. Eram tão bem adaptados à vida terrestre que alguns tinham bolsas ao lado do corpo onde recolhiam as asas. À medida que a colonização das ilhas do Pacífico avançava, animais introduzidos pelo homem, como ratos e gatos, foram extinguindo os morcegos terrestres em ilha após ilha. As ilhas Salomão e Big South Cape, que permaneceram livres de ratos domésticos até muito recentemente, foram seu último refúgio. Mas mesmo ali, os ratos chegaram em 1962 ou 1963, e em 1965 Mystacina robusta, a última espécie de morcegos terrestres, deixou de existir. É possível que ainda houvesse Mystacina quando você nasceu, ou pelo menos quando seus pais nasceram. Mas seus filhos não poderão mais vê-lo. 

Hora de desfazer uma ilusão bastante arraigada. Fala-se muito em espécies em extinção, mas muita gente acha que o homem extinguiu até agora relativamente poucas espécies, e que portanto nossa capacidade de extinguir espécies possa estar superestimada. Não é o caso. Apenas de 1600 para cá, foram comprovadamente extintas pelo homem pelo menos umas 120 espécies de aves, umas 60 de mamíferos e pelo menos 25 de répteis, entre muitas outras. Muitos desses casos, inclusive os acima, são descritos em um livro maravilhoso, “A Gap in Nature”, de Tim Flannery e Peter Schouten, publicado em 2001. Além disso, já extinguimos mais de 600 espécies de plantas, e provavelmente vários milhares de invertebrados, que são mais mal conhecidos. A lista continua crescendo: há apenas um ano foi a vez do baiji, o golfinho do Yang Tse. Isso tudo não inclui centenas de outras extinções de animais de grande porte causadas pelo homem muito antes da Idade Moderna - mas isso já é outra história. 

Por que essas coisas ainda são tão pouco divulgadas e discutidas? Eram animais espetaculares, fascinantes, são histórias que mexem com nossos sentimentos, mas nossa cultura não parece ter olhos para elas. Houve uma expressiva melhora nos últimos anos, mas ainda é raro encontrar sobre as extinções históricas em programas de televisão, livros e revistas, e portanto elas não atingem nossos corações e mentes. Acho que a melhor explicação para isso é mesmo a imensa capacidade que a nossa cultura tem de não olhar para aquilo que não lhe interessa – o que é ótimo para quem quiser manter o status quo, mas péssimo para quem queira virar o jogo. 

Quando eu era criança, História me parecia fascinante, mas ao mesmo tempo o menos aplicado ou menos útil de todos os assuntos. Minhas professoras sempre tinham o mesmo argumento sobre a importância do estudo da História: é preciso estudar História para aprender com os erros do passado. Só agora sou capaz de perceber o quanto elas estavam certas.

Fonte: http://www.oeco.org.br/fernando-fernandez/18373-oeco_27232

quarta-feira, 19 de março de 2014

Os bagres de Lula


Gustavo Faleiros 

Quem dera a fúria verbal do presidente Lula contra os bagres do rio Madeira tivesse alguma consistência. Nesta quinta-feira, numa reunião com seu conselho político, ele disse novamente que o Ibama estava atrapalhando o desenvolvimento nacional, travando o licenciamento ambiental das usinas hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, em Rondônia.“Agora não pode por causa do bagre, jogaram o bagre no colo do presidente. O que eu tenho com isso?”, reclamou Lula no encontro, segundo o jornal reportagem de Luciana Nunes Leal publicada em O Estado de São Paulo. Tudo. A construção das duas usinas é uma das bandeiras desenvolvimentistas de seu governo. E qualquer dano ambiental irreversível que elas provoquem ficará para sempre no seu currículo. Pelo que está escrito no parecer técnico do Ibama emitido no dia 21 de março, os riscos disso acontecer são altos. O documento oficial, ao qual O Eco teve acesso com exclusividade, recomenda que o Ibama negue a licença prévia ao projeto. 

O parecer foi assinado por oito técnicos da Diretoria de Licenciamento do órgão, tem 220 páginas e sustenta que as usinas do Madeira não possuem “viabilidade ambiental”. O texto diz que é preciso se fazer novo estudo ambiental, bem mais amplo, e é bem direto em suas conclusões: “Dado o elevado grau de incerteza envolvido no processo; a identificação de áreas afetadas não contempladas no Estudo;(...) a equipe técnica concluiu não ser possível atestar a viabilidade ambiental dos aproveitamentos Hidrelétricos Santo Antônio e Jirau, sendo imperiosa a realização de novo Estudo de Impacto Ambiental, mais abrangente, tanto em território nacional como em territórios transfonteiriços, incluindo a realização de novas audiências públicas. Portanto, recomenda-se a não emissão da Licença Prévia”.

O problema com os bagres não é um mal menor, como fez parecer Lula. O texto, afinal, pontua que a construção das barragens vai acarretar o desaparecimento da dourada (Brachyplatystoma rousseauxii), um peixe de grande porte que serve de alimento a milhares de pessoas. Não são apenas técnicos do Ibama que dizem, a dourada é reconhecida por estudiosos da Amazônia como base de sobrevivência para comunidades que vivem ao longo do Madeira, em seu trecho que vai de Porto Velho a Humaitá, no estado do Amazonas.

A questão é que o peixe é apenas uma pequena parte das graves complicações previstas com a construção das usinas Santo Antônio e Jirau. Os técnicos do Ibama identificaram no estudo de impacto ambiental (EIA) apresentado pelos empreendedores, as empresas Furnas Centrais Elétricas e Odebrecht, sinais claros de omissão. Segundo o parecer, a área a ser alagada poderá ser duas vezes maior do que a projetada no EIA do empreendimento, que não considerou as variações do nível do lago causadas por alterações na bacia hidrográfica a montante. A isso se junta a conclusão de que “não existe qualquer confiabilidade” nos dados sobre a deposição de sedimentos nas barragens, o que pode ampliar ainda mais a área de impacto dos lagos. Haveria alagamento de assentamentos do INCRA e de unidades de conservação na região, que não foram mencionadas no EIA.

Talvez uma das questões mais complexas levantadas pelos técnicos do Ibama seja a necessidade de estudos transfronteiriços na bacia do Rio Madeira. O texto do parecer critica uma observação do EIA que coloca que “simplesmente não haverá impacto em território boliviano”. No entanto, os autores observam que num prazo de 25 a 50 anos as inundações por acumulação de sedimentos na região do Abunã, fronteira com a Bolívia trarão muitos impactos a terras no país vizinho. “Tais impactos atingem não um, mas dois países integrantes da bacia, que são a Bolívia e o Peru, e devem ser cuidadosamente estudados”, afirma o texto do parecer.

O responsável pelo Programa Segurança e Saúde do Trabalho e Meio Ambiente da Odebrecht, Sérgio França Leão, diz que a empresa não considera o parecer como decisão final do governo. Leão afirma que ainda falta anexar ao processo de licenciamento documentos (como o estudo do Ministério da Saúde sobre a malária na região, entregue esta semana) e esclarecimentos dados recentemente por técnicos do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e do próprio Ministério do Meio Ambiente. Também nega que estejam sendo planejados novos estudos sobre a obra, lembrando que os termos de referência apresentados pelo Ibama em setembro de 2005 foram todos respondidos à risca pelas empresas, através dos estudos complementares. "Depois que foi tudo cumprido, eles dizem 'não era bem isso que queríamos'?", lamenta.

Implicações políticas

Mesmo finalizado há exatamente um mês, o parecer do Ibama não foi colocado à disposição do público através da internet, como é de praxe nos processos de licenciamento. A razão para isso é que a conclusão a que chegaram os técnicos não agradou em nada setores do governo federal. A fala de Lula nesta quinta-feira dá a dimensão do incômodo que causou o documento. Basta lembrar que as usinas do rio Madeira, que poderão gerar 6450 MW, estão listadas como prioridade do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Questionado pelo próprio governo, o parecer negativo foi enviado a Procuradoria Geral do Ibama, onde permanece em análise.

O que os procuradores do órgão tentam responder é se juridicamente os técnicos que assinaram a análise do EIA têm competência para recomendar aos empreendedores que façam novamente todos os levantamentos. Mais do que isso, há dúvidas sobre qual o grau de liberdade dos técnicos para exigir que a avaliação de impacto deva abranger outros países. Um técnico do órgão resumiu bem o sentimento que se abateu sobre eles quando o questionamento ocorreu: “Não aceitam a nossa posição”. 

Mas a demissão do diretor de Licenciamento do Ibama, Luiz Felippe Kunz Jr., está sendo vista como um sinal claro de que o parecer negativo às usinas o colocou em uma posição delicada dentro do governo. Relatos de pessoas próximas a Kunz revelam que a própria ministra Marina Silva pediu para que ele deixasse o seu cargo. Outros contam que o diretor de Licenciamento simplesmente foi chamado de volta ao Rio Grande do Sul, afinal é um funcionário cedido pela prefeitura de Porto Alegre. Mas entre os funcionários do Ibama a certeza é de que foi Kunz quem pediu demissão porque o governo duvidou da capacidade de sua equipe técnica.

As pressões e incertezas que estão rondando o licenciamento das usinas Santo Antônio e Jirau não são poucas. Mesmo sem licenciamento, é frequente ouvir representantes do Ministério de Minas e Energia prometendo que o projeto entrará em breve nos leilões de energia elétrica. A única certeza por ora é que, com bagres ou sem bagres, o presidente Lula não está disposto a aceitar um não como resposta.

terça-feira, 18 de março de 2014

Musgo da Antártida retorna à vida após 1.500 anos congelado



O musgo, que desempenha um papel vital nos ecossistemas polares, é capaz de retornar à vida e seguir crescendo depois de mais de 1.500 anos congelado na Antártida, segundo um artigo publicado nesta segunda-feira pela revista "Current Biology".

O estudo, realizado por cientistas da Universidade Reading e pela pesquisa Antártica Britânica, é o primeiro que mostrou uma sobrevivência de tão longo prazo em uma planta. Antes só se tinha observado períodos de sobrevivência tão prolongados entre bactérias.

Antes deste estudo havia sido demonstrada a regeneração direta de material vegetal apenas até um máximo de 20 anos de congelamento.

"Estes musgos permaneceram, basicamente, em um congelamento intenso por um período muito prolongado", declarou Peter Convey, da Antártica Britânica. "A sobrevivência e recuperação dentro desta escala de tempo é muito, muito mais prolongada que qualquer coisa da qual se tenha informado antes".

Os musgos formam uma parte importante do sistema biológico em ambas regiões polares e são as plantas dominantes em vastas regiões onde fornecem o maior armazenamento de carbono, especialmente no norte.

Convey e seus colegas, segundo o artigo, estudam principalmente as amostras congeladas de musgo polar porque fornecem um arquivo das condições do clima no passado.

Os pesquisadores usam essas amostras para avaliar as taxas de crescimento ao longo do tempo e como exemplos que permitem reconstruir aspectos do ambiente e da mudança ambiental ao longo dos séculos.

Os depósitos de musgo do tipo sob estudo na Antártida datam de 5.000 a 6.000 anos, enquanto que a amostra na qual os pesquisadores focaram sua análise data, em sua base, de cerca de 2.000 anos no passado.

As amostras de musgo, extraídas das profundezas de uma área de musgo gelado na Antártida, tinham já uma idade de uma década quando se congelaram.

Os pesquisadores cortaram o musgo gelado em pedaços finos, mantendo-os livres de contaminação, e os colocaram em uma incubadora com a temperatura e o nível de luz que são normais para o crescimento.

Depois de poucas semanas o musgo começou a crescer e, com a técnica de datação por carbono, os pesquisadores determinaram que esse musgo datava de 1.530 anos e possivelmente mais na profundidade onde ocorreu o novo crescimento.

O experimento, destaca o artigo, demonstra que os organismos multicelulares, neste caso plantas, podem sobreviver por períodos muito mais prolongados que os que até agora os cientistas consideravam possíveis.

"Se são capazes de sobreviver dessa maneira então a recolonização após uma era glacial, uma vez que se derretam os gelos, seria muito mais fácil que a migração sobre distâncias transoceânicas de regiões mais temperadas", concluíram os autores.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/efe/2014/03/17/musgo-da-antartida-retorna-a-vida-apos-1500-anos-congelado.htm

Workshop reúne países da América, África e Caribe em defesa das baleias

Evento será realizado em março em Praia do Forte.
Convenção tem como objetivo propor a criação de santuário.



Baleias procuram por alimentos na orla do Rio, diz especialista (Foto: José Laílson / Divulgação)Baleias procuram por alimentos na orla do Rio,
diz especialista (Foto: José Laílson / Divulgação)
A localidade de Praia do Forte, a 60 km deSalvador, vai receber o "Workshop Internacional sobre o Santuário de Baleias do Atlântico Sul" (International Workshop on the South Atlantic Whale Sanctuary), entre os dias 19 e 21 de março.
O evento tem como objetivo apresentar aos integrantes da Comissão Internacional da Baleia (CIB) e representantes de governo uma proposta de criação do Santuário de Baleias no Atlântico Sul, área de extinção da maioria das populações de baleias.
Participam do evento representantes de 12 países africanos e caribenhos, além dos parceiros latinos do grupo de Buenos Aires e tradicionais aliados na conservação de espécies de baleias como Austrália, Reino Unido e México.
Em 2012, na 64ª Reunião da Comissão Internacional da Baleia (CIB), a votação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, proposta por Brasil, Argentina e Uruguai, obteve 65% dos votos, mas não pode ser validada, porque, pelas regras da comissão, são necessários 75% de votos favoráveis para aprovação.

Dentre os objetivos da criação do santuário, estão a promoção da conservação das grandes espécies de baleias; desenvolver o uso econômico sustentável e não-letal de baleias para o benefício das comunidades costeiras, além do desenvolvimento de pesquisas para o monitoramento da recuperação de espécies quase extintas.

Fonte: http://g1.globo.com/bahia/noticia/2014/03/workshop-reune-paises-da-america-africa-e-caribe-em-defesa-das-baleias.html

quinta-feira, 13 de março de 2014

Baleias jubarte do Índico cantam em diferentes tons, mostra estudo


Descoberta pode indicar que houve intercâmbio cultural entre populações de baleias de oceanos diferentes, já que espécimes de uma mesma região costumam cantar canções similares.

Áudio: http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-natureza/v/baleias-jubarte-do-indico-cantam-em-diferentes-tons-mostra-estudo/1794138/

Baleias 'ensinam' indivíduos da mesma espécie a caçar, diz estudo

Conhecimento seria transmitido por meio da convivência em grupo.
Comportamento é adaptação à falta de comida; estudo saiu na 'Science'.


Exemplar de baleia-jubarte usa a cauda para aplicar técnica de caça de peixes (Foto: Jennifer Allen/Centro de Baleias de New England/Science)Exemplar de baleia-jubarte usa a cauda para aplicar técnica de caça de peixes (Foto: Jennifer Allen/Centro de Baleias de New England/Science)
Estudo publicado nesta quinta-feira (25) na edição online da revista “Science” sugere que um grupo de baleias-jubarte, forçado à adaptação para buscar alimento, desenvolveu uma técnica de caça que foi transmitida para diferentes indivíduos da mesma espécie.

Segundo os cientistas da Universidade St. Andrews, isto teria começado na década de 1980, na região de New England, nos Estados Unidos. Devido ao declínio de peixes arenque na região, alimento favorito desses mamíferos aquáticos, as baleias passaram a empregar uma metodologia que passou a ser utilizada por uma maior quantidade de indivíduos que viviam em uma mesma área.

O movimento forma uma rede de bolhas de ar na água que, especulam os cientistas, obrigaria os peixes a rumarem para a superfície do mar.
O método consiste em a jubarte bater de uma a quatro vezes sua cauda na água antes de mergulhar completamente.
De acordo com o estudo, ao rumarem para a superfície os peixes estariam tentando se afastar das baleias, mas apenas estariam facilitando “o ataque” desses mamíferos.
Transmissão de conhecimento
De 1980 até 2007, observações feitas mostraram que cerca de 280 baleias, de um grupo de 700 animais, passaram a empregar a mesma metodologia para caçar na área próxima ao Santuário Marinho Stellwagen Bank.
O artigo sugere que essas informações comprovam o conceito de aprendizagem em rede dos animais, por meio da observação feita por um espécime. Segundo os pesquisadores envolvidos, a convivência entre indíviduos facilitaria a transmissão.
O estudo compara o método das baleias ao modo de aprendizagem empregado por humanos, que se adaptam a diferentes grupos e regras de convívio social também com a ajuda da observação.
Segundo o estudo, as jubartes transmitem conhecimento por meio da convivência em grupo (Foto: Jennifer Allen/Centro de Baleias de New England/Science)Segundo o estudo, as jubartes transmitem conhecimento por meio da convivência em grupo (Foto: Jennifer Allen/Centro de Baleias de New England/Science)
 Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/04/baleias-ensinam-individuos-da-mesma-especie-cacar-diz-estudo.htm
l

Baleia de 28 milhões de anos usava sistema de ecolocalização, diz estudo


Cientistas dos EUA analisaram fóssil de parente de botos e golfinhos. Mecanismo permitia se orientar pela emissão de sons de alta frequência.


Do G1, em São Paulo
2 comentários
Fóssil de Cotylocara macei foi encontrado na região de Charleston, na Carolina do Sul (EUA) (Foto: James Carew and Mitchell Colgan/Handout/Reuters)Fóssil de Cotylocara macei foi encontrado na região de Charleston, na Carolina do Sul (EUA) (Foto: James Carew and Mitchell Colgan/Handout/Reuters)
Um parente distante das baleias dentadas, botos e golfinhos que viveu há cerca de 28 milhões de anos já possuia a ecolocalização, um sistema biosonar baseado emissões de sons de alta frequência e seus ecos, segundo estudo publicado esta semana na revista "Nature" feito por cientistas do Instituto de Tecnlogia de Nova York, nos Estados Unidos. Fósseis da criatura chamada Cotylocara macei foram descobertos na região de Charleston, litoral da Carolina do Sul.

Geisler disse que o estudo do crânio de
 Cotylocara macei levou os pesquisadores à conclusão de que ela também era dotada do sistema de ecolocalização que ajudou o animal a encontrar comida durante a noite ou em águas turvas águas do oceano. Segundo o pesquisador, a Colytocara tinha uma cavidade profunda no topo da cabeça. "A anatomia do crânio é realmente incomum. Eu não vi nada parecido em qualquer outra baleia, viva ou extinta", disse Geisler.Segundo o professor Jonathan Geisler, que liderou os estudos desta nova espécie, as baleias dentadas, golfinhos e botos produzem sons de alta frequência através de uma área contraída nas passagens nasais abaixo do espiráculo (orifício respiratório por onde a baleia expele a água), enquanto todos os outros mamíferos, incluindo os seres humanos, produzem sons na laringe. O mecanismo de reprodução de som nas baleias dentadas é complexo, com grandes músculos, bolsas de ar e gordura.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/03/baleia-de-28-milhoes-de-ano-usava-sistema-de-ecolocalizacao-diz-estudo.html

quarta-feira, 12 de março de 2014

Argumentos para os países que defendem a caça às baleias

ALEXANDRE MANSUR


Baleias jubarte mergulhando na costa brasileira (Foto: Divulgação/ Instituto Baleia Jubarte)

Os ativistas brasileiros a favor das baleias resolveram dar uma um passo no lobby com os países que ainda defendem a caça. Os biólogos e conservacionistas organizaram um seminário internacional com 12 representantes de países africanos e caribenhos que geralmente se alinham com líderes defensores da caça, como o Japão. O plano é argumentar a favor da criação de um santuário de proteção de baleias no Atlântico Sul. O encontro, organizado pelo Instituto Baleia Jubarte, acontece de 19 a 21 de março, na Praia do Forte, na Bahia. "Muitos dos países convidados votam contra a proposta (do Santuário) por desconhecimento das implicações e benefícios", diz Marcia Engel, presidente do instituto. Ela explica mais na entrevista a seguir:
ÉPOCA: Por que organizar um seminário para países votantes da Comissão Baleeira Internacional? A ideia é fazer lobby?
Marcia Engel: A intenção é esclarecer sobre o papel do Santuário e os benefícios a ele associados para a conservação marinha, pesquisa, geração de renda para as comunidades costeiras, educação. Muitos dos países convidados votam contra a proposta por desconhecimento das implicações e benefícios, sendo influenciados pelo Japão e aliados. Eles acreditam que a criação do Santuário de Baleias seria prejudicial aos seus interesses econômicos, quando na verdade a conservação das baleias é um jogo de ganha-ganha para o ecossistema marinho, comunidades, pesquisadores e ambientalistas. 

ÉPOCA: Como é a melhor abordagem para os países que tradicionalmente votam contra a restrição à caça a baleia e contra a criação de um santuário?
Marcia: O esclarecimento e aprofundamento da discussão sobre o que é e como funciona um santuário de baleias.

ÉPOCA: Quem se opõe mais à criação do Santuário do Atlântico Sul?
Marcia: O principal opositor é o Japão, que estende sua influência sobre vários países subdesenvolvidos do Caribe e África através de subsídios à indústria pesqueira, angariando votos contra a proposta. Também há oposição de Noruega, Rússia e Islândia.

ÉPOCA: Quais são os países mais favoráveis ao santuário?
Marcia: A proposta de criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul é uma iniciativa do Brasil e Argentina, tendo a África do Sul e Uruguai como co-patrocinadores. A proposta do Santuário tem o apoio de todos os países-membros da Comissão Baleeira Internacional (CIB) que são conservacionistas  como: Austrália, Reino Unido, União Européia, a maioria dos latinos (Chile, Costa Rica, Equador, Colômbia, México, Peru e outros),  EUA, Nova Zelândia, Índia, República Dominicana.
ÉPOCA: Quais são os melhores argumentos à favor da criação do santuário?
Marcia: A recuperação de espécies de baleias e unidades populacionais depauperadaspela caça comercial e por frotas baleeiras de países distantes é de suma importância para muitas nações do Atlântico Sul.  A conquista de benefícios socioeconômicos advindos doecoturismo, da observação de baleias e da pesquisa científica depende da recuperação das populações de baleias e da garantia de que a caça não será mais uma ameaça.

Fonte: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2014/03/argumentos-para-os-paises-que-defendem-caca-baleias.html

CNPQ cancela a tradicional olimpíadas de biologia por falta de verba

Sem nenhuma explicação, o CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, antigo Conselho Nacional de Pesquisa) simplesmente cortou todo o financiamento para a tradicional Olimpíadas de Biologia, deixando na mão centenas de jovens cientistas que participam desta evento todos os anos.
Ano passado, um grupo de estudantes brasileiros ficou em terceiro lugar nas Olimpíadas Internacionais de Biologia, nos enchendo de orgulho e mostrando todo o nosso potencial em pesquisa para o mundo.

Para ler a matéria sobre o assunto clique aqui: http://www.anbiojovem.org.br/noticia.html?uri=Governo-nao-apoia-Olimpiada-Brasileira-de-Biologia

Matéria modificada em Dom, 09 de Março de 2014 01:57

Dr. Tufi Dippe Jr


Fonte: http://portaldocoracao.uol.com.br/saude-e-bem-estar/cnpq-cancela-a-tradicional-olimpiadas-de-biologia-por-falta-de-verba

terça-feira, 11 de março de 2014

Baleias são vistas na orla do Rio


Mamíferos chegaram perto da areia do Leblon, por volta das 15h30.
Segundo oceanógrafo, espécie chega a 15 metros de comprimento.

 Um grupo de baleias foi visto nesta segunda-feira (10) no mar da Zona Sul do Rio. Os mamíferos chegaram perto da areia do Posto 10 do Leblon, segundo banhistas, por volta das 15h30. Às 16h30, o GloboCop filmou as baleias, já um pouco afastadas, em São Conrado.
O oceanógrafo da Uerj José Laílson afirmou à TV Globo que se trata da espécie baleia de Bryde, que chega a atingir 15 metros de comprimento. Segundo o professor, desde dezembro esse grupo de baleias tem sido visto nadando no litoral fluminense em busca de alimento. Pelo menos 10 animais foram identificados.

Baleia foi vista no mar da Zona Sul do Rio (Foto: Reprodução / TV Globo)Baleia foi vista no mar da Zona Sul do Rio (Foto: Reprodução / TV Globo)
Moradores do bairro, que estavam na praia nesta segunda, afirmaram que era dificil perceber a presença dos animais. Daniel Gomes, de 26 anos, é universitário e ficou surpreso com a presença das baleias.

"Cheguei na praia com uns amigos para aproveitar o dia de folga e percebi o esguicho de água no meio do mar. Depois de um tempo, percebi que estavam frequentes. Não dava para ver qual era o animal, mas achei interessante. Nunca tinha visto por aqui", disse Daniel.Segundo informações de agentes do Corpo de Bombeiros que faziam a fiscalização do local, a presença dos mamíferios não é comum na orla da Praia do Leblon. Até as 16h, nenhuma ocorrência tinha sido feita e os animais não ofereciam perigo aos banhistas.
Em junho do ano passado, duas baleias foram flagradas aproveitndo o clima de inverno para um passeio pela orla da Zona Sul, perto das Ilhas Cagarras.
Mamífero foi visto por banhistas na orla (Foto: Reprodução / TV Globo)Mamífero foi visto por banhistas na orla (Foto: Reprodução / TV Globo)
Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/03/baleias-sao-vistas-na-praia-do-leblon.html